Desde os primeiros dias de existência, o intestino de uma criança é colonizado pela microflora natural obtida do leite materno ou da alimentação artificial. O crescimento excessivo do ambiente patogênico, bem como a modificação da composição quantitativa e qualitativa da microflora natural do intestino do recém-nascido, levam ao que é comumente chamado de disbiose.
Sinais de disbiose em recém-nascidos
Quando um bebê acaba de nascer, seus intestinos ainda estão completamente estéreis. No processo de expulsão pelo canal natural do parto, a criança adquire a primeira bactéria da mãe. As crianças amamentadas, já no 5º ao 7º dia, recebem bifidobactérias do leite, que futuramente deverão se tornar a base da microflora intestinal normal. Da mesma forma, ao final do primeiro mês de vida, o bebê recebe lactobacilos. O número dessas duas espécies deve ser normalmente cerca de 90-95% do ambiente natural dos intestinos do bebê. Estas são as condições ideais para uma criança saudável. A falta de pelo menos uma dessas bactérias essenciais é um caminho direto para um desequilíbrio da microflora, que, por sua vez, pode causar o desenvolvimento de disbiose.
Os seguintes sinais podem sinalizar a presença de uma doença:
- regurgitação frequente e abundante após a alimentação, vômito é possível;
- leve ganho de peso, falta de apetite;
- flatulência, dor abdominal;
- mal hálito;
- estrias de sangue nas fezes, fezes soltas verdes espumosas ou, pelo contrário, constipação regular;
- o aparecimento de tordo;
- pele seca, que também começa a descascar;
- o estado geral da criança piora acentuadamente: comportamento instável, choro frequente, sono agitado, falta de apetite, recusa parcial em amamentar ou comer.
Sintomas desse tipo devem alertar a mãe do bebê e se tornar motivo para o contato com o pediatra. No entanto, deve-se lembrar que, para uma criança do primeiro ano de vida, esses sinais são um fenômeno normal que pode surgir devido à maturidade insuficiente do aparelho digestivo do recém-nascido. Em qualquer caso, antes de fazer o diagnóstico final da presença de disbiose, deve passar nos testes necessários.
Causas da disbiose em recém-nascidos
As causas desta doença podem ser:
- tomar antibióticos pela mãe durante a gravidez e durante a amamentação, ou tratamento com antibióticos para o próprio bebê;
- primeira pega precoce e tardia da criança ao seio;
- infecção com bactérias patogênicas da mãe durante o parto durante a passagem pelo canal de parto;
- superalimentação, alimentação complementar caótica fora do relógio;
- não cumprimento, por parte da mãe, das recomendações de alimentação adequada e balanceada durante a amamentação;
- início incorreto da alimentação complementar, troca frequente de fórmula infantil artificial.
Mesmo tendo diagnosticado sintomas semelhantes à disbiose em um bebê, você não deve iniciar o tratamento por conta própria sem primeiro receber a recomendação de um médico. Somente após ser examinada por um pediatra, passar em exames clínicos e confirmar o diagnóstico, a criança receberá tratamento adequado com probióticos para normalizar a microflora intestinal. Além disso, um pré-requisito para o tratamento será a conformidade com a dieta da mãe e do bebê. A amamentação de longo prazo e a adesão aos princípios básicos da nutrição racional servirão como prevenção da disbiose.