A existência de quatro grupos sanguíneos foi comprovada por cientistas no início do século XX. Estudos mostram que o tipo de sangue de uma criança depende do tipo de sangue dos pais, ou seja, é herdado geneticamente.
Que tipos de sangue existem
Como resultado dos estudos dos cientistas austríacos Karl Landsteiner e seus alunos A. Sturli e A. Von Decastello, foi criado um sistema de classificação de sangue denominado "AB0", que ainda é usado hoje. De acordo com este sistema, existem quatro grupos sanguíneos:
I (0) - é caracterizado pela ausência de substâncias especiais no sangue - antígenos A e B;
II (A) - antígenos A estão presentes nele;
III (AB) - caracterizado pela presença de antígenos do tipo B;
IV (AB) - existem antígenos A e B no sangue.
Essa descoberta ajudou a excluir perdas com transfusões de sangue, uma vez que, por características diferentes, o sangue do doador poderia prejudicar o corpo do paciente.
Que tipo de sangue a criança terá?
Em pesquisas posteriores, os cientistas provaram que os princípios para a obtenção de um grupo sanguíneo em uma criança e outras características genéticas serão idênticos. De acordo com as leis de Mendel, formuladas na segunda metade do século XIX, os pais com o primeiro grupo sanguíneo produzem filhos sem os antígenos A e B (ou seja, tendo o primeiro grupo sanguíneo). Pais com o segundo grupo sanguíneo têm filhos com o primeiro ou segundo grupo sanguíneo. Cônjuges com o terceiro grupo sanguíneo têm filhos com o primeiro ou terceiro grupo sanguíneo.
Pais com o primeiro ou segundo, ou o primeiro e o terceiro grupos sanguíneos têm filhos com um desses grupos. Se um dos cônjuges for do quarto grupo sanguíneo, a criança não pode pertencer ao primeiro grupo sanguíneo. Se um dos cônjuges tem o primeiro grupo, eles não podem ter um filho com o quarto grupo sanguíneo. Os cônjuges com o segundo e terceiro grupos têm filhos com qualquer grupo sanguíneo.
Princípios de herança do fator Rh no sangue
O fator Rh é um antígeno (proteína) localizado na superfície das células vermelhas do sangue. Está presente no sangue em cerca de 85% das pessoas, ou seja, são Rh positivo. Na ausência desse antígeno, fala-se de sangue Rh negativo. Esses fatores são denotados pelas letras Rh: negativo com um sinal de menos, positivo com um sinal de mais.
Se ambos os pais forem Rh negativo, eles só podem ter um bebê com sangue Rh negativo.
Um fator Rh positivo é dominante e um negativo é recessivo. Se ambos os pais tiverem ambas as características no genótipo, eles serão Rh positivo. Porém, neste caso, existe uma probabilidade (25%) de que a criança neste caso tenha um Rh negativo. Ou seja, se ambos os pais ou um deles tiver um fator Rh positivo, eles podem ter um filho com sangue Rh positivo e negativo.
