Mesmo as pessoas religiosas que são casadas podem enfrentar contradições intransponíveis e chegar ao desejo de partir. No entanto, a maioria das religiões mundiais tem uma atitude negativa em relação ao divórcio, regulando claramente em quais situações ele é possível e em que não é. Para dissolver um casamento religioso, é necessário conhecer a posição da igreja em relação ao divórcio.
A ortodoxia tradicionalmente trata o divórcio de forma muito negativa. Além disso, por muito tempo, o divórcio foi, em princípio, impossível até mesmo para membros da família real. Na situação atual, a igreja está se adaptando às mudanças na sociedade, enquanto mantém sua posição de princípio. O conceito social da Igreja Ortodoxa Russa tem uma seção especial dedicada à família. Ela condena o divórcio porque é contrário ao evangelho e também é prejudicial para os cônjuges e filhos. No entanto, em alguns casos, o divórcio na igreja é permitido como último recurso. Tais situações incluem a traição do cônjuge, sua ausência desconhecida, doença mental incurável, alcoolismo e dependência de drogas, bem como doenças sexualmente transmissíveis. Se o casamento civil celebrado em cartório for dissolvido, e os cônjuges não estiverem há muito tempo juntos, o casamento religioso também pode ser anulado, o qual, entretanto, não é aprovado se não houver motivos sérios para o divórcio. Após o divórcio, a Igreja Ortodoxa permite um novo casamento se a pessoa não for considerada culpada do divórcio. No entanto, esta opção não é abertamente aprovada pelos padres. A Igreja Católica moderna é ainda mais rígida quanto ao divórcio. Um casamento católico não pode terminar em divórcio, mas sob certas condições pode ser anulado. A razão para isso pode ser o não cumprimento das condições básicas do casamento - fidelidade conjugal, coabitação, etc. No entanto, mesmo em caso de conflito real, a Igreja Católica encoraja os cônjuges a fazerem o possível para se reconciliar. O divórcio católico é considerado em um tribunal especial da igreja e geralmente leva de 2 a 3 anos. Este tribunal também decide se os ex-cônjuges podem se casar novamente. Qualquer pessoa culpada de divórcio pode ter negado um segundo casamento na igreja. O Islã também tem uma opinião negativa sobre o divórcio. No entanto, tradicionalmente, a prática do divórcio dentro da estrutura desta religião é mais fácil do que no Cristianismo. Tradicionalmente, era suficiente para o marido dizer o triplo "divórcio!" com testemunhas e seu casamento foi dissolvido. Oficialmente, o marido não é obrigado a explicar o motivo do divórcio e ter argumentos convincentes a seu favor, enquanto a dissolução desarrazoada do casamento é condenada. Uma esposa também pode se divorciar, mas com a condição de que ela possa provar às autoridades religiosas que seu marido não cumpriu seus deveres no casamento, por exemplo, não poderia sustentar sua família, cometeu adultério, etc. O divórcio também é desencorajado no judaísmo. No entanto, antes do casamento, os noivos assinam uma espécie de contrato de casamento, que estipula, entre outras coisas, as condições para um possível divórcio. A especificidade do divórcio no judaísmo é que ambos os cônjuges devem dar consentimento a ele. Nesse caso, após o divórcio, eles poderão se casar novamente sem problemas.
