Pela primeira vez, o famoso escritor de ficção científica Herbert Wells mencionou a terapia com areia. Margaret Lowenfeld, uma psicóloga inglesa, combinou as figuras descritas no livro de Wells com água e areia. A terapia com areia tomou forma em uma direção psicoterapêutica separada na década de 50 do século XX, graças à psicoterapeuta infantil Dora Kalff.
A terapia com areia tem se mostrado eficaz no tratamento de distúrbios psicossomáticos, experiências traumáticas, em situações em que surgem dificuldades de comunicação e contradições internas. Para as crianças, uma bandeja de areia torna-se um amigo confiável na luta contra a passividade, a ansiedade, o isolamento, as dificuldades escolares de ordem emocional.
Estrutura da aula
Antes de ir para a construção de castelos e palácios de areia, explique ao seu filho que você pode desenhar ou construir algo na areia. Se o projeto exigir, pode-se adicionar água à areia. Ofereça ao seu filho um conjunto de pequenas figuras, deixe-o escolher sozinho os elementos necessários. Todas as instruções podem ser resumidas em poucas palavras "Construa uma cidade do futuro" ou "Construa um mundo de conto de fadas".
Ao contrário dos adultos, as pinturas infantis raramente são estáticas. No processo de construção de um mundo de conto de fadas, a criança não apenas construirá os edifícios necessários, mas também representará as cenas, dará voz aos personagens. A terapia com areia é capaz de "falar" até mesmo os bebês mais silenciosos que têm dificuldade em formar seus pensamentos.
Depois de concluir a construção, convide seu filho a dar um nome à obra-prima resultante e contar um pouco sobre ela. Se nas primeiras aulas a criança é tímida ou tem dificuldade em contar, não insista. No final, peça à criança que desmonte a estrutura sozinha, porque da próxima vez será uma imagem completamente diferente do mundo. Você pode falar sobre os primeiros resultados depois de conduzir um curso de dez sessões regularmente, 1-2 vezes por semana.
Materiais de terapia de areia
Para as aulas individuais utiliza-se uma caixa de madeira impermeável de 50x70x8 cm, cujas dimensões foram escolhidas não por acaso e correspondem ao campo de percepção visual da criança, permitindo cobri-la completamente com um olhar. A superfície interna deve ser pintada de azul, o que cria fortes associações com o infinito e a continuação. Preencher 2/3 do volume da caixa, chamada de "bandeja" na linguagem dos psicólogos, com areia calcinada e peneirada.
Para as aulas, utilizam estatuetas que se encontram no mundo à sua volta, com altura não superior a 8 cm. Os grupos principais são formados por personagens humanos, animais, edifícios, máquinas, plantas, materiais naturais (conchas, galhos, pedras), contos de fadas heróis, utensílios domésticos e artigos religiosos.